Em recente reportagem, que não tem mencionado o seu autor, o Conselho Regional de Biomedicina (CRBM) – 1ª Região relata que irá promover consulta pública para conhecer a posição dos profissionais e empresários da biomedicina.
Tal reportagem muito espanta o nosso sindicato, pois é o SINBIESP que acompanha este tema e participa dos debates e reuniões com o autor do Projeto de Lei, e a posição dos nossos presidentes das instituições biomédicas sempre foi a de que reduzir a jornada de trabalho iria “quebrar os donos de laboratórios”. Pois bem, a maioria dos donos de laboratórios não é biomédico, pelo contrário, é grande empresa que massacra o profissional.
Muitos biomédicos se submetem a jornadas vergonhosas e de condições de trabalho precárias, e nosso sindicato luta para reverter esta situação, que foi criada pelo sucateio da biomedicina com as mais de 35 habilitações, fazendo com que o biomédico não tenha perfil definido no mercado de trabalho, dificultando sua valorização perante as profissões que possuem atividade igual ao biomédico.
Muito apropriadamente a relatora Manuela de Ávila (PC do B – RS) discorre sobre o tema, reconhecendo a necessidade de o profissional da saúde ter a jornada de trabalho reduzida, o que já ocorre com a medicina, a fisioterapia, a terapia ocupacional, dentre outros.
Os profissionais biomédicos que têm a maior jornada de trabalho (44 horas semanais) e a menor remuneração são os que trabalham no Sudeste e Sul do país. E isso tem que mudar. Precisamos nos unir e lutar pelo bem da biomedicina e da profissão que escolhemos para viver.
Fique de olho e não deixe que façam propaganda contra a nossa redução da jornada de trabalho.
Biomédicos, 30 horas já!
Dr. Marcos Caparbo
Tesoureiro-geral do SINBIESP
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